A empatia e o rigor na ponta da batuta - AESE Business School - Formação de Executivos

Notícias AESE Women Leaders’ Forum

A empatia e o rigor na ponta da batuta

22/11/2021

“Liderar uma equipa como uma orquestra” foi o 1.º encontro do AESE Women Leaders’ Forum da AESE em 2021-2022. A Maestrina Joana Carneiro foi a convidada deste encontro de antigas alunas, que se realizou presencialmente, a 22 de novembro de 2021.


O ano 2020 foi “o ano do silêncio”. Joana Carneiro descreve assim o período pandémico, no qual como Maestrina disse sentir a “privação do oxigénio”, na área da cultura.


Respondendo à curiosidade de se estabelecer uma analogia entre a gestão de uma orquestra e uma empresa, a oradora sublinhou que, no seu caso, é “a singularidade de termos um produto para oferecer ao público, com cerca de 100 pessoas (ou mais), a trabalhar em simultâneo, cada um com talentos diferentes”… e procurando convergir para um objetivo comum.


A Maestrina
O papel de maestro é recente, existindo há pelo menos 200 anos. “A organização numa orquestra é extremamente hierárquica”, com um programa muito específico e estruturado, “com muitas regras”, onde não existe margem para erros.


O Maestro é o líder da orquestra e o único que tem acesso a toda a informação, em contraste com os músicos que acedem apenas a uma parcela específica da mesma. “Independentemente das convicções pessoais, no momento em que se faz música, todos trabalham para um bem maior.”

Joana Carneiro falou das semelhanças e diferenças do papel de um Maestro, na Europa e nos EUA, relativamente ao Board. “Para chegarmos ao público, temos primeiramente de convencer a nossa orquestra e a estrutura (empresa).” Isso faz-se “ao prepararmos intelectual, emocional e espiritualmente a peça”. Na verdade, “a liberdade vem do conhecimento”.

É frequente Joana Carneiro debater-se com a questão: “porque é que uma orquestra toca melhor do que outras?” A carreira internacional permite a Joana Carneiro o conhecimento e o distanciamento para “observar”. A excelência não depende só da capacidade técnica. No norte da Europa, “as orquestras são mais felizes” porque “otimizam o tempo” e há “uma responsabilização das pessoas, o que se reflete na preparação dos ensaios.” A hiperorganização e a flexibilidade dos músicos no desenvolvimento da sua própria formação é valorizada de forma significativa.


A Mulher e Mãe
Com a maternidade, Joana Carneiro mudou muito a sua visão do mundo. Mãe de 4 filhos, num período de apenas um ano, a convidada debateu-se com a dificuldade de não existirem exemplos de colegas, com a mesma vivência.
“Como família, tomámos a decisão de estarmos sempre juntos, desde que possamos.” Entre situações de despedimento e adaptação das empresas face à sua nova realidade pessoal, Joana Carneiro experienciou situações muito díspares. Nas instituições onde “perceberam que eu sou melhor maestrina se estiver com a minha Família”, Joana Carneiro sentiu-se mais feliz. Esta forma de proceder inspira-a na liderança dos seus músicos.

“A vida de um maestro é equivalente a um atleta de alta competição. Tem de se aprender e aceitar as derrotas e as vitórias.” No limite, importa “nunca se perder a noção de quem se é”. A partilha de sucessos e fases menos positivas foi apreciada pelas participantes, que demonstraram apreço pela autenticidade: “Quanto mais coerente e consistente eu for”, melhor será a liderança.

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