AESE insight #94 - AESE Business School - Formação de Executivos

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Transformação digital: O que distingue as boas das outras empresas

Jorge Ribeirinho Machado

Professor e Responsável Académico da Área de Operações, Tecnologia e Inovação da AESE Business School

No final de 2022, quatro escolas de negócios de quatro países diferentes [2] decidiram realizar um estudo sobre o estado da Transformação Digital, para perceber até que ponto é que as organizações se estão a transformar, se está a correr bem, e porquê.

Os resultados dos inquéritos mostram que o ritmo de implementação dos processos de transformação digital varia muito com o tamanho da empresa, que as economias mais desenvolvidas e as maiores empresas começaram mais cedo o processo, mas que todas as empresas têm projetos de transformação digital em curso.

A importância que estes processos têm é enorme, porque os seus dirigentes têm a noção que vai permitir ter uma mais eficiente utilização de todos os recursos – e com isso reduzir custos da operação –, mas também vai permitir gerar mais valor para os clientes e mesmo mudar o modelo de negócio.

Os resultados mais relevantes do inquérito prendem-se com as diferenças entre as empresas que estão satisfeitas com a sua transformação digital e as organizações onde o processo não está a correr tão bem.

Nas organizações onde o processo está a correr bem, a Alta Direcção sabe de Transformação Digital muito mais do que nas outras, e considera que este processo é muito importante para o futuro da empresa (ao contrário das outras, que só considera importante). Isto concretiza-se no foco do processo, que é tripartido nas empresas satisfeitas entre a procura da eficiência, a geração de valor para o cliente e a criação de novos modelos de negócio, enquanto nas outras organizações o foco está exclusivamente colocado no corte de custos e eficiência operacional. Isto não significa que as Operações não sejam aquilo que mais se transforma (de facto, são os processos, a utilização da tecnologia e a própria cultura da empresa), mas sim que a Alta Direcção empurra o processo para que também se inove em produtos ou serviços e em modelos de negócio.

O investimento em que todos estão de acordo é na cibersegurança. Também se aplicam recursos no desenvolvimento web/apps, na nuvem, nos sistemas transacionais, nas redes sociais e na big data. No entanto, nas empresas em que o processo de transformação digital está a correr bem, o volume de investimento é, em metade delas, mas de 4% das vendas, enquanto que menos de 15% das outras gastam este dinheiro.

E o que dizem as empresas que dificulta o sucesso do projeto de transformação digital? Em primeiro lugar, transversalmente, a falta de pessoas capazes de executar o projeto. A seguir, em especial onde o projeto não está a correr bem, falta de recursos financeiros. Por fim, apesar de termos concluído que o empenho no processo e o conhecimento do que é a Transformação Digital por parte da Alta Direção são fundamentais para o sucesso, os dirigentes de topo das organizações onde a transformação não está a ser um sucesso consideram que a culpa é mais da resistência à mudança (ie, dos trabalhadores) do que deles.

A transformação digital é um processo imparável, transversal a todas as actividades e tipos de organizações. Os recursos consumidos por estes projetos são muito significativos, quer em dinheiro quer em pessoas. É por isso que é tão importante perceber os factores que levam ao sucesso ou ao insucesso: conhecimento e suporte da Alta Direção, perspectiva global de inovação em processos, produtos e serviços e modelos de negócio e disponibilização de orçamento para concretizar o projeto bem planeado desde o seu início.


[1] “Transformação digital: O que distingue as boas das outras empresas” é continuação do artigo “O Estado da Transformação Digital em Portugal

[2AESE Business School, de Portugal; ISE Business School, do Brasil; PAD, do Peru; IEEM do Uruguai

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