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A tecnologia e o emprego são substitutos ou complementos?

15/01/2019, Lisboa

“A Inteligência Artificial e o futuro do trabalho” foi o tema desenvolvido pelo Prof. Luís Cabral na sessão do ciclo People & Management, realizado na AESE, no dia 15 de janeiro de 2019.

A audiência era composta por responsáveis de Recursos Humanos e gestão de Talento que participaram desta reflexão e interpelaram o Professor sobre os desafios e as oportunidades que esta mudança de paradigma acarreta.O economista português Luís Cabral, professor na NYU e na AESE, fez uma apreciação das etapas da revolução digital, destacando a criação e a democratização do computador (1975-1995) e o acesso generalizado à Internet (1995-2015), facto que deu origem à criação e à transformação de modelos de negócio conhecidos até então. A Inteligência Artificial (IA) chegaria posteriormente, a partir de 2015.

“Do ponto de vista prático, não estamos muito longe de passar de ficção científica para a realidade do dia a dia. É uma questão de tempo”, afirma o Professor. As aplicações estão muito avançadas na identificação de fraude, em matéria de predictive marketing, Internet of things, automoção sem condutor, entre outros.

A essência da IA, entende Luís Cabral, é “a capacidade de prever com precisão”, isto é, antecipar a necessidade ou desejo do consumidor. “A capacidade de previsão vai aumentando a cada dia que passa. Com a evolução, conduzirá a uma grande disrupção.”

O desafio consiste em lidar com a imprevisibilidade como se fosse um humano, reagindo em tempo real. Na verdade, acrescentou que “passar-se-á muito em breve de uma lógica de “shop then ship”, para “ship then shop””.

“Historicamente, as revoluções tecnológicas destruíram empregos mas não criaram desemprego.” A resposta à pergunta “a tecnologia e emprego são substitutos ou complementos” é muito difícil de responder. Há tarefas mais complexas que não são facilmente substituídas, ao passo que outras têm respostas altamente qualificadas por parte da tecnologia comparativamente ao trabalho humano.

É possível para o Professor antecipar que o horário laboral será mais reduzido, registando-se um efeito de substituição da tecnologia sobre níveis intermédios e níveis altamente qualificados. O reverso da medalha assentará possivelmente em problemas como a desigualdade.

O Prof. Luís Cabral identifica um círculo virtuoso de aprendizagem, em que, com a IA, a precisão do algoritmo de previsão dará lugar a maior número de agentes  e, consequentemente, a maior quantidade de dados gerados. “Isto exige um novo modelo de solidariedade, olhando para o direito ao trabalho, o direito ao rendimento e o direito ao emprego.”

Legenda da fotografia
Prof. Luís Cabral e Catarina Heleno, responsável de Executive Education Manager da AESE

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