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Coragem e rapidez na correção da trajetória

12/02/2020, Lisboa

Innovation, entrepreneurship e Venture capital são conceitos caros a Cristina Fonseca, oradora no AESE Women Leader’s Forum, realizado a 12 de fevereiro de 2020.



Nascida em Fátima, formou-se em engenharia informática e inspirou-se com a história de sucesso do Facebook, que à data começava a dar os primeiros passos.


Ultrapassado um grave problema de saúde, rejeitou boas propostas de emprego, optando por lançar-se em projetos que a fizessem sentir-se realizada e dar por bem empregue a oportunidade de estar viva. Fez parceria com um colega de curso e ambos deram início ao lançamento de um negócio online. Participaram num concurso nos EUA com um protótipo da Talk Desk, numa altura em que a figura de empreendedor era ainda olhada com desconfiança em Portugal. A par de 9 empresas americanas, foi a sua que venceu a competição. A vantagem de se terem deslocado para S. Francisco foi a oportunidade de acompanharem de perto a evolução do ecossistema empreendedor, desafiarem-se, contactarem com pessoas mais experientes e experimentarem programas de aceleração de topo.


Fundaram a empresa em Portugal, muito focada na resolução de problemas na ótica do consumidor. Quando o número de clientes superou a capacidade de resposta, procuraram investidores para obter capital e aumentar a rede. Em consequência dos resultados de negócio tão promissores, a equipa passou a contar com 7 elementos, para pouco tempo depois, só num ano, crescerem de 30 para 150 pessoas. Atualmente, os colaboradores ascendem a 800.


A saúde fê-la parar e voltar à universidade para antecipar as tendências tecnológicas que se avizinhavam no futuro.


Hoje em dia, a sua vida está votada a ajudar startups a criarem negócio.


 Lições a aprender com a Talk Desk
“A Talk Desk nasceu global”, por isso, a questão da internacionalização não se colocou. A ideia original germinou num ano, depois de 3 projetos falhados, 1 bem sucedido e outro por lançar. Cristina Fonseca sublinhou a resiliência no processo, sem haverem cedido à tentação de desistir. O segredo do caminho trilhado foi a “especialização”, oferecendo um produto que fosse “o melhor”.


O negócio foi sustentado por uma estrutura constituída por uma “equipa top, com grande proximidade aos clientes” e por “processos escaláveis, que nos levaram longe”. Criaram uma rede forte, “mostrando-nos com a sua experiência, o modo de resolver os problemas” surgidos. Dado o elevado nível de competitição nos EUA, Cristina Fonseca aprendeu a sobressair, como uma questão de sobrevivência. Em retrospetiva, a convidada afirmou que “fomos bons a corrigir os erros rapidamente e fomos realistas.” Hoje ao acordar, levanta-se “todos os dias, com imensa vontade de resolver problemas e ir trabalhar.”


Apesar de não conseguir para já definir “sucesso”, compraz-se com o facto de saber que o seu trabalho tem impacto. A sua missão consiste em ajudar empresas em Portugal a aproveitarem soluções tecnológicas que desenvolvam capital humano e negócio.


“O poder da tecnologia permite capacidade de evoluir exponencialmente. Consegue-se atingir uma escala extraordinária.” E salienta que “existe um mundo de oportunidades na disrupcão.” A Europa é conhecida como tendo capacidade para criar unicórnios tecnológicos competitivos, com sustentabilidade confirmada ao longo dos últimos anos. No entanto, “em Portugal, estamos ainda nos primórdios”: ainda há uma grande margem de progressão, não obstante os conhecidos casos destacados internacionalmente.


Dicas para empreender
Perante as propostas para ser parceira de Venture Capital, Cristina Fonseca deteta que, na maioria dos casos, os negócios pecam por falta de testar as ideias no mercado, com clientes que possam dar feedback efetivo sobre o produto. A empreendedora sublinha a importância de avaliar a sustentabilidade e a oferta de um produto diferenciador, num ambiente de concorrência global.


A resposta às questões levantadas pelas Alumnae da AESE, dirigentes e executivas, terminou com a nota de Cristina Fonseca de que é fundamental “conhecer as regras do jogo, que as pessoas ao empreenderem querem jogar, ainda que, frequentemente, não saibam como”.

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