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It’s good to be here and there

10/12/2019, Lisboa

A AESE e a ELPing reuniram 3 oradores para exporem as suas experiências de carreiras com funções de liderança internacional. Representantes de diferentes setores de atividade mostraram como conseguiram desenhar uma progressão de carreira na Janssen, McDonald’s e Siemens Healthineers, a partir de território português.


Catarina Heleno, Career Management Manager da AESE, acolheu os convidados e coube a Ana Paula Reis, Board Member at Busy Angels, moderar a conversa durante o Breakfast seminar para dirigentes e executivos, Alumni da AESE.

 


“Portugal é o melhor sítio” para exercer estas funções
Ângela Crespo, Vice-President HR Global Services & Processes, da Siemens Healthineers, não recebeu apoio especial para exercer estas funções, embora não tivesse sentido necessidade. Para si, Portugal reúne condições privilegiadas para liderar à distância e o worklife balance não constitui um problema. “Gostava de ter menos milhas nos cartões de fidelidade das companhias aéreas. Mas perspetivo que estamos no desenho daquilo que está a acontecer, o que acrescenta muito à nossa experiência. Estimo que haja muito mais disso a 2020.”


A sua equipa está toda sediada na Europa “e funcionamos bem”. Este cargo global é um desafio: tem vantagens como as questões chegarem já triadas, em alguns casos resolvidas ou em vias de resolução. Por outro lado, comporta desvantagens, que Ângela Crespo resume na “perda do ambiente” vivido na equipa.


“A falta de especialização é um dos nossos trunfos. Estamos habituados a fazer quase tudo e expormo-nos a todo o processo.” Neste sentido, parece a Ângela Crespo que ser um líder português é uma mais valia já que, para além do mais, a dimensão do país permite ter a capacidade de “conseguimos ter um âmbito de realização mais eficiente do que em países muito grandes.”

 


Vender a Europa aos EUA
“A visão 360 graus é muito maior e ter menos recursos permite-nos apresentar soluções mais ágeis e flexíveis, adequadas ao país que temos.” Inês Lima, Marketing Lead International Operated Markets B.U., da McDonald’s, explicou como descobriu que “é possível crescer mais dentro da organização” com cargos internacionais, sem que a geografia seja um impedimento.

“Na minha função, o facto de não estar tão envolvida na realidade de cada país, permite-me levantar as questões pertinentes e de forma imparcial. As perguntas dão pistas para as equipas trabalharem.”

Uma vez que se tornou líder de uma equipa internacional, a responsável diz ter sido fundamental: “ir ao local para que a equipa me conhecesse. Sou eu que estou a adaptar-me e não eles a mim. A partir daí, as equipas trabalham com confiança. Tem de haver tempo para confiarmos uns nos outros.”


Inês Lima considera que “os limites estão em nós próprios”: “Posso crescer na McDonald’s mais do que poderia imaginar no início. A questão hierárquica tem cada vez menos sentido. As organizações estão cada vez mais achatadas e trabalha-se por projetos.”

Para ser bem sucedida, “é importante sabermos o que esperam de nós e nós próprios vermos em que áreas podemos acrescentar valor, desenhando a nossa própria função.” Neste caso, “a geografia é uma vantagem até pelo fuso horário” português.


O seu trabalho “é de escuta ativa”, refere Inês Lima, cuja função implica “trabalhar com os Diretores de Marketing na definição de planos de ação para entregar resultados e trabalhar com o Board na definição da estratégia global de 12 países, na qual a Europa se encontra bastante à frente”. É por isso que a responsável da McDonald’s afirma que o seu trabalho consiste em “vender a Europa aos EUA”.


“Não gosto de estagnação e acomodação”
José Antunes, Europe, Middle East and Africa Medical Affairs Director – Value Optimization Team, da Janssen Europe, Middle East & Africa (EMEA), viu a internacionalização da sua trajetória profissional com naturalidade. O Executive MBA AESE fez parte da sua preparação para a categoria profissional que exerce atualmente.


“Movo-me por desafios. Acredito que há um conjunto de outras oportunidades que me permitem continuar este caminho. Não devemos fechar as portas e ter paixão pelo que fazemos.”


 “Nestes anos de direção médica”, procurou “criar uma rede na área médica para alinhar as sinergias entre as equipas internacionais”. José Antunes apercebeu-se da necessidade de “atrair pessoas com capacidade e dar mundo às equipas com posições internacionais.” Esta constatação levou-o a procurar “aproveitar o talento existente em Portugal e a habilidade que existe de comunicarmos com outras culturas”. E acrescenta: “Temos de investir mais tempo no início das funções para estabelecer proximidade no contacto.“


Na Janssen, “a direção médica e a companhia trabalham de forma muito articulada, sem silos.” Para além de permitir ver a gestão como um todo, possibilita manter “o foco nas pessoas, formando equipas virtualmente, com eficácia e confiança.” José Antunes salientou “a utilização de novas tecnologias” que “podem fazer a diferença em matéria de competitividade”.

 


No final do encontro, reservou-se um período de peguntas e respostas alargado à audiência, que saldou como muito positivo este encontro.

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