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Manter a bússola moral e ética calibrada

30/05/2019, Porto

Falar-se de “Integridade e de bom governo institucional” é sinónimo de fazer correponder o pensar e o agir de forma “íntegra”, inteira, sem se perderem “partes de si”. “O que é íntegro, mantém o todo do seu ser”: assim começou o Prof. Pedro Borda d’Água a debruçar-se sobre um tema intimamente relacionado com a ética e com a boa liderança das organizações. “Dizemos que uma pessoa ou organização é íntegra quando o seu comportamento se rege por um conjunto de princípios moralmente valiosos, inclusivamente quando confrontados com situações adversas.” “Na terminologia naval, governar um navio exige um objetivo a atingir (por exemplo, um porto de destino) e que se faça uso de todos os instrumentos e conhecimentos ao praticar a “arte” da navegação”, sem esquecer a tripulação a bordo.

Para o Professor de Política de Empresa da AESE, “a integridade é conseguida através da coerência entre o pensamento, as palavras e as ações.”
Quanto ao governo de organizações, “os sistemas de compliance assinalam os mínimos, enquanto a ética aspira aos máximos.” E sublinha, “os códigos de boas práticas são condição necessária, mas não suficiente, como ilustram a maioria dos escândalos de corporate governance.”

A sustentabilidade acaba por ser o grande ganho institucional de um bom governo.

Para aprofundar este tema, a sessão de continuidade que se realizou no Porto, a 30 de maio de 2019, incidiu no estudo do caso Parmalat. O grupo passou por um “escândalo de desmedidas proporções, devido a más práticas de governo institucional, tendo levado à intervenção do Estado Italiano e à destruição de milhares de postos de trabalho, assim como a uma quebra de confiança sem precedentes.” “A discussão deste caso proporciona uma aprendizagem sobre diversas perspetivas”, nomeadamente “os riscos e implicações duma relação inadequada entre uma família e a sua empresa; a definição de critérios que justificam a gestão profissional em empresas familiares; os desafios de crescimento que enfrentam as empresas familiares”, entre outras.

Pedro Borda d’Água concluiu: “a única forma de navegar de forma segura, isto é, sem cair em tentações, é assegurar que a “bússola moral e ética” permanece íntegra e calibrada para não cairmos em más práticas de governo, tais como: manipulação contabilística; políticas de aquisições e fusões nefastas; sistemas de objetivos e incentivos inadequados; concentração de poder num grupo reduzido de pessoas; culturas organizacionais que facilitem a fraude e falta de critérios éticos em geral. O governo das organizações é uma área de conhecimento complexa e dificilmente se encontrará um modelo, regulado ou não, que constitua uma solução universal.”

A sessão de continuidade terminou com um espaço para perguntas colocadas pelos participantes, Alumni da AESE

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