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A Arte de Ser Humano na Era da IA
13/10/2025
Ter na Inteligência Artificial (IA) uma aliada na tomada de decisões torna imperativo aprofundar o conhecimento sobre esta ferramenta, desmistificando-a e dissipando os receios que o insondável que se lhe atribui pode suscitar.
Para apoiar os Alumni nesta jornada pelo mundo atual, que abre novas possibilidades na construção do futuro e na liderança de pessoas, organizações e sociedade, a AESE acolheu o pré-lançamento internacional do livro AI and the Art of Being Human, a 13 de outubro, no campus de Lisboa.
O Prof. Francesco Costigliola, Professor de Política Comercial e Marketing e especialista em Data & AI, foi o anfitrião do encontro com os autores, cujo trabalho se tem centrado no impacto transformador da IA.
Andrew D. Maynard, Professor na Arizona State University, dirige a iniciativa Future of Being Human e o Risk Innovation Lab. Jeffrey D. Abbott, Founding Partner da Blitzscaling Ventures e fundador do AI Salon, é empreendedor e community builder com vasta experiência em inovação tecnológica. Juntos, sistematizaram uma abordagem profundamente humana sobre tecnologia, liderança e humanidade no século XXI.
O valor humano num mundo com IA
O que significa ser humano na era da Inteligência Artificial?
Andrew D. Maynard, especialista em transição tecnológica, admite ser esta a primeira vez em que não consegue antecipar plenamente o alcance de uma ferramenta. A IA, afirma, é uma tecnologia que “vem para emular a essência do que pensamos ser”. Permite interagir como um ser humano, responder como tal, e desafia as reservas naturais de uma pessoa face a uma máquina. Essa interação leva inevitavelmente a questionar os limites da superinteligência artificial que é.
“É uma tecnologia que altera a forma como pensamos e influencia a perceção que temos de nós próprios”, explica. Surge então a questão: qual é o valor acrescentado que o ser humano aporta à realidade, sem correr o risco de se perder nela?
Do ponto de vista empresarial, Jeffrey D. Abbott sublinha a importância da linguagem, evidenciando a necessidade imperiosa de dominar o sentido do que se pretende comunicar. A par disso, procurou estudar a IA sob a perspetiva da empatia e da compaixão, dimensões que integram invariavelmente a agenda de muitos líderes contemporâneos.
Humanidade e liderança na era digital
Na obra, conceitos como a coragem de ser curioso, a intencionalidade da IA, a excecionalidade do ser humano e o cuidado servem de pilares para estruturar a mentalidade da era atual.
A partir destas premissas, Maynard e Abbott exploram a mudança através dos valores, da criatividade e do uso consciente da IA, abordando temas como o prompting, as “alucinações”, a criação de comunidades e a vocação humanista.
O livro propõe, assim, uma reflexão sobre como utilizar este poderoso “assistente” de forma a libertar o ser humano de tarefas rotineiras, permitindo-lhe concentrar-se no que verdadeiramente o torna extraordinário.
Uma das armadilhas mais subtis é a tentação de ser inteligentemente rápido em vez de sábio, desprezando o facto de que a sabedoria é fruto de uma maturação que apenas o tempo pode consolidar.
A sessão terminou com um momento de perguntas e diálogo entre os participantes e os autores, num ambiente de partilha e curiosidade sobre o papel da humanidade na era da inteligência artificial.