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Artigos e Recomendações de leitura

Maria de Fátima Carioca

Dean da AESE Business School e Professora de Fator Humano na Organização,

Os Heróis que escolhemos

Warren Buffett, com 94 anos, anunciou que deixará o cargo de CEO da Berkshire Hathaway, no final de 2025. Fê-lo recorrendo à tradicional mensagem de Thanksgiving, que todos os anos dirige (e continuará a dirigir) aos acionistas. Considerado por muitos o investidor de maior sucesso, W. Buffet começou a sua vida empresarial com uma fábrica têxtil em dificuldades, em 1965, com 34 anos, e percorreu um longo caminho até a Berkshire Hathaway se tornar o gigante de investimentos (avaliado em 1,16 biliões de dólares) que é hoje-em-dia. Passaram-se, entretanto, 60 anos. O dia 10 de novembro marcou o fim de uma era para o icónico investidor e, também, para a sua empresa.

Na realidade, W. Buffet não deixa mesmo a empresa, dado que continua como seu Chairman. A principal razão apontada foi a idade. “O tempo vence sempre”, diz na sua carta de despedida como CEO. O reconhecimento do abrandar dos níveis de energia e de eficiência foi determinante, explicando numa entrevista ao Wall Street JournalWSJ, que o que o seu sucessor “conseguia alcançar num dia de 10 horas comparado com o que eu conseguia num dia de 10 horas — a diferença tornou-se cada vez mais dramática”. Esta constatação é uma prova de profunda consistência pessoal, dado que o nível de energia e eficiência era uma das três características que sempre considerou fundamental nos gestores que escolhia. As outras duas características eram a integridade e a inteligência adaptativa. Ao tomar esta decisão aplica a si mesmo estes critérios que sempre o orientaram. Esta integridade, grande e clarividente, não é comum.

Podemos olhar e analisar este momento de transição de vários prismas, nomeadamente, na ótica do muito debatido tema da longevidade e sucessão familiar. Ele próprio afirma que existe um lado negativo na sua longevidade: “A esperança de vida dos meus filhos diminuiu… Agora têm 71, 69 e 66 anos.” Mas prefiro abordar a carta que escreveu a partir das suas preciosas reflexões enquanto líder. Por alguma razão lhe chamam o “Oráculo de Omaha”. Embora cada um dos sete pensamentos mereça que nos detenhamos a refletir, começo na primeira e salto, depois, para a última frase que, de algum modo, reforça a anterior.

“One perhaps self-serving observation. I’m happy to say I feel better about the second half of my life than the first. My advice: Don’t beat yourself up over past mistakes – learn at least a little from them and move on. It is never too late to improve. Get the right heroes and copy them. You can start with Tom Murphy; he was the best”.

Neste parágrafo, concentra-se toda uma filosofia de vida, amadurecida ao longo do tempo. Cada etapa tem a sua beleza que deriva de, por um lado, vivermos e saborearmos o que é próprio da idade e, por outro, ao olharmos para o nosso passado, para o contexto que nos é próximo, para todos os que amamos e estimamos, e para aqueles que admiramos (os tais nossos heróis), não perdermos o hábito tão salutar e tão realizador de lutarmos por ser melhores enquanto pessoas.

Percebe-se que um dos heróis de W. Buffet é Tom Murphy, da Capital Cities and ABC. Foi um extraordinário líder, sem dúvida. E, quando analisamos de fora, detetam-se muitas semelhanças na alma da cultura das organizações que respetivamente criaram: ambos partilham uma clara preferência pela inteligência, integridade, determinação e capacidade de execução na escolha dos seus gestores; ambos assumem, com grande humildade, a descentralização (“hire the best people you can and leave them alone”), reconhecendo que a grande parte das respostas e do verdadeiro valor é criado pelos gestores locais, no terreno; ambos defendem a sobriedade nos gastos e ambos acreditam nestes critérios “kept both costs and rancor down”. Estes valores foram, por isso, essenciais para o desenvolvimento e crescimento saudável, e para sustentarem as empresas que construíram.

Os heróis que escolhemos para a vida e para o dia-a-dia são, por vezes, exemplos que tentamos copiar. Outra vezes, na sua maioria, são vidas que nos inspiram e que nos velam a realizar aquele exercício de inteligência e coração de tentar ponderar o que posso fazer melhor ou, mais delicado e profundo ainda, como posso ser melhor. Sem grandes teorias, mas sobre valores como a humildade, a sobriedade, a integridade, ambos os líderes definiram, para si mesmos e para as suas empresas, critérios que pautam as suas decisões e o seu comportamento, ou seja, a sua vida.

Cada um de nós terá os seus Heróis (com H maiúsculo). Para uns tratar-se-á de algum Santo, algum personagem histórico, algum familiar pelo qual temos admiração. Este sentimento tão genuinamente humano que nenhuma IA ou robô consegue substituir ou mesmo imitar. A admiração pelos nossos Heróis, quando é sincera e profunda, desperta em nós um processo de reflexão sobre nós mesmos e a vida que nos transforma a partir de dentro e nos leva, cada dia, a ser melhores. Daí a importância de conhecermos a vida de muitos heróis e, de entre esses muitos, escolhermos bem os nossos Heróis.

E termino, sem mais palavras, apenas com a frase final da carta de Warren Buffet: “Choose your heroes very carefully and then emulate them. You will never be perfect, but you can always be better.” É a mais pura verdade: nunca seremos perfeitos, mas podemos sempre ser melhores! Vivamos com esta esperança e esta determinação, cada dia!



Publicado no Deans’ Corner do Jornal de Negócios

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