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Gestão do risco na Mobilidade e nos Transportes debatida na AESE
03/10/2025
A descarbonização da mobilidade, os custos de investimento, a transformação digital e a aplicação da Inteligência Artificial são apenas alguns dos grandes desafios que se colocam atualmente aos decisores do setor da Mobilidade. Foi neste contexto que a AESE Business School organizou, no dia 3 de outubro de 2025, mais um Executive Breakfast GSM | Gestão Sustentável da Mobilidade, no Campus de Lisboa, com a intervenção de Ricardo Ferreira Reis, Professor na Católica Lisbon School of Business and Economics e Vice-Presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).
A incerteza dos tempos atuais exige visão estratégica e capacidade de adaptação. Partindo desta premissa, Ricardo Ferreira Reis destacou a importância do debate e da partilha de experiências entre dirigentes e executivos, sublinhando o papel que a AESE tem desempenhado, desde 1980, na disseminação de boas práticas de gestão, incluindo mais recentemente no domínio da Mobilidade e dos Transportes.
O tema central da sua intervenção foi a gestão da partilha de risco. Evocando a experiência histórica dos Descobrimentos, o orador defendeu a relevância do diálogo nos contratos de concessão pública com capitais privados, salientando que a partilha de riscos pode conduzir a maior eficiência.
O Professor sublinhou ainda a necessidade de contratos flexíveis, capazes de se adaptar a novas tecnologias e a soluções inovadoras, sem comprometer a estabilidade das relações entre as partes. Apontou também a questão os ativos serem públicos ou privados, sendo o modelo de leasing uma das soluções que tem ganho relevância em vários países. Para Ricardo Ferreira Reis, a chave está em encontrar modelos tecnológicos e contratuais que permitam uma gestão eficiente do risco, sem comprometer a sustentabilidade dos investimentos a médio e longo prazo.
“O regulador pode recomendar, mas não deve prescrever soluções”, defendeu, reforçando que a responsabilidade deve caber a quem melhor sabe gerir o risco e não apenas ao Estado.
O papel da academia foi igualmente valorizado, pela sua contribuição na identificação de boas práticas e na mitigação de riscos previsíveis.
O encontro terminou com o habitual espaço de perguntas e debate entre os líderes presentes, num ambiente de partilha de experiências que caracteriza os Executive Breakfasts da AESE, reforçando o caráter exclusivo e diferenciador destas sessões.