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O que define um líder excecional?
18/09/2025
Os Alumni AESE inauguraram o programa do ano letivo de 2025/2026, com um ciclo de conversas da Upper Side – The KingMakers Series -, com os líderes das principais consultoras de Executive Search, em Portugal. A 18 de setembro de 2025, os especialistas convidados foram: Maria da Glória Ribeiro e Hugo Martins, ambos Partners da Amrop.
Tomando a experiência pessoal de Executive Search, houve uma evolução positiva, segundo Maria da Glória Ribeiro. ‘A maior parte dos clientes era de origem acionista, não portuguesa, cotada em bolsa.’ Hoje, pede-se ao Executive Search um trabalho de Governance e de avaliação dos dirigentes, em empresas mais pequenas, atentas à ‘exigência de qualidade, margem e delivery’. Hugo Martins explicou como é que o trabalho é desenvolvido com startups, designadamente microempresas, a operar em contexto altamente sofisticados.
Procuram-se Líderes…
A guerra de talento é um facto, que se fica a dever à escassez. Em Portugal, as competências mais procuradas nos decisores de topo são idênticas às do mercado ocidental. Um líder bem avaliado tende a ser incorporado nas organizações, ainda que possa ficar a operar as suas funções noutras geografias ou com responsabilidades distintas daquelas para as quais concorreu. A experiência internacional é relevante, mas não é uma condição sine qua non. ‘Em alguns casos pode garantir uma maior adaptabilidade’, porém Maria da Glória Ribeiro não encontra nessa experiência decisiva. Hugo Martins acrescentou que será uma valência sempre avaliada em articulação com outras aptidões que um profissional possa apresentar.
Hoje, também há líderes que procuram novas oportunidades. Este posicionamento face ao mercado pode depender da falta de desafio profissional, de uma alteração da liderança na empresa de origem com a qual não se identificam ou porque desejam integrar um setor, uma empresa ou um projeto com mais impacto. Os bons líderes procuram e são procurados para funções de elevada responsabilidade.
O retrato dos líderes do futuro
Os Ministros deveriam ser recrutados por Executive Search foi uma ‘provocação’ colocada aos oradores. Na verdade, Maria da Glória Ribeiro encontra vantagem na seleção de líderes independentes, sem ligação partidária, e que possam fazer parte de equipas diversificadas, à semelhança no mundo corporativo.
Hoje, nas empresas, para um líder ser excecional ‘tem de ser inspirador’, ‘consistente’, ‘capaz de tirar partido das pessoas e promover o seu desenvolvimento. Tem de ser ‘respeitador e humano’. Já não há lugar para a tirania na liderança.
Para além de saber gerir, um Dirigente tem de conhecer o negócio com profundidade e pensar estrategicamente. Tem de saber encontrar financiamento para o crescimento, ainda de possa não ser um bom líder. Essa habilidade poderá ser compensada com uma pessoa com esse perfil. Em suma, criar uma mudança e deixar ‘obra feita’ é um dos fatores distintivos de um líder, em qualquer empresa e a competir em qualquer setor de atividade.
Nesta sessão, muitos foram os exemplos e os casos contados, ilustrativos dos argumentos propostos por ambos os convidados.
The KingMakers Series materializa o compromisso do Agrupamento de Alumni da AESE com o desenvolvimento contínuo dos seus antigos alunos, viabilizando o acesso a conhecimento relevante, atual e diretamente aplicável na vida profissional, com os líderes nas diferentes áreas de especialidade.
The KingMakers Series
O ciclo surgiu no âmbito da comemoração dos 10 anos da Upper Side – Career Management & Advisory e visa propor uma visão estratégica sobre o futuro da liderança, as tendências na gestão de talento e os desafios da progressão de carreira, em contextos tendencialmente mais complexos.
Ao longo de sete sessões, consultoras como Amrop, Ackermann International, Boyden, Egon Zehnder, Invesco Transearch, Korn Ferry e Odgers serão representadas pelos seus principais Partners, trazendo à AESE o conhecimento de quem diariamente avalia e seleciona os líderes que marcam o presente e desenham o futuro das organizações.