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O requinte do savoir-faire dos sabonetes artesanais Claus Porto
13/05/2025
Francisco Neto, antigo CEO da Claus Porto, partilhou a sua experiência numa entrevista onde destacou os principais desafios enfrentados durante a sua liderança na icónica marca portuguesa. Reconhecida internacionalmente pelo requinte dos seus sabonetes artesanais e pelo cuidado estético das suas embalagens, a Claus Porto representa uma verdadeira celebração do savoir-faire e da excelência na produção nacional.
Fazia parte do seu projeto profissional trabalhar no setor do luxo?
FN: “Francamente não. O meu percurso começou na Logoplaste, escola fantástica, mas uma empresa industrial B2B, sem “marca” – mas onde apreendi uma cultura de excelência operacional e tolerância zero no que respeita a satisfação dos clientes – que, no respetivo setor, eram os mais exigentes do mundo. Ou seja, ensinamentos e experiências replicáveis e igualmente fundamentais no setor do luxo.
Quais atributos distintivos da Claus Porto que procurou valorizar enquanto CEO da marca?
FN: “A autenticidade de uma marca centenária, o processo delicado, deliciosamente lento e, por vezes, manual que se revela e incorpora em múltiplos detalhes.
A narrativa genuína e única da história, do design, das fórmulas e da evolução dos clientes que a marca foi conquistando ao longo de décadas – em Portugal e internacionalmente.
É possível “copiar” uma estratégia de uma marca de luxo para empresas de outros setores de atividade?
FN: “Não acredito em cópias, mas sim em seguir boas práticas e processos que naturalmente podem ser transpostos de um ambiente de luxo de retalho ou e-commerce para um contexto industrial. A satisfação do cliente, seja ele de que natureza for, tem de ser mais que um desígnio ou objetivo, mas sim uma obsessão de qualquer organização.”
O que pensa da atenção dada Luxo pela AESE?
FN: “Saúdo a atenção dada ao tema, que considero ser ainda insuficientemente estudado, quando é tão vasto e rico como o próprio vocábulo “luxo” sugere. Acredito que a criação de riqueza tem que ser impulsionada por agregação de valor (luxo, inovação, diferenciação tecnológica) e não por uma lógica de volume, sob pena de inevitável perda de competitividade dos países, corporações ou marcas.”
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