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Artigos e Recomendações de leitura

Cátia Sá Guerreiro

Professora de Fator Humano na organização e Diretora do Programa GOS | Gestão das Organizações Sociais e do Programa OSA l Líderes no Feminino

Liderança Transformadora: Uma Abordagem Integrada Centrada na Pessoa

A liderança, enquanto prática humana e social, tem sofrido uma profunda transformação ao longo das últimas décadas. De uma abordagem tradicional, centrada na autoridade formal e na gestão de recursos, evoluímos para modelos mais relacionais, éticos e colaborativos, que reconhecem a complexidade dos sistemas organizacionais e a centralidade da Pessoa como agente de mudança.

Esta transformação não é apenas conceptual; é uma resposta às exigências de um mundo em constante mutação, marcado pela interdependência, pela diversidade e pela urgência de soluções sustentáveis. Neste contexto, torna-se imperativo repensar a liderança numa visão inovadora, que seja simultaneamente transformadora e sistémica, capaz de gerar impacto positivo nas organizações e nas comunidades.

A liderança tradicional, muitas vezes associada ao exercício de poder e controlo, revelou-se eficaz em contextos de estabilidade e hierarquia rígida. Contudo, perante os desafios contemporâneos — como a aceleração tecnológica, a crise climática, a fragmentação social e a complexidade das relações humanas — este modelo mostra-se insuficiente. A liderança já não pode ser apenas uma função técnica; deve ser uma prática ética, relacional e estratégica.

É neste enquadramento que emerge a liderança transformadora, caracterizada pela capacidade de inspirar, mobilizar e desenvolver pessoas e organizações em torno de uma visão partilhada e de valores comuns. Esta forma de liderança não se limita a alcançar resultados; procura transformar consciências, estruturas e culturas, promovendo o crescimento integral dos indivíduos e o bem comum.

A liderança transformadora assenta em cinco dimensões fundamentais. A primeira é a visão inspiradora, que permite ao líder projetar um futuro mobilizador, capaz de unir diferentes vozes e orientar a ação coletiva. A segunda é o carácter ético, que sustenta a confiança e a coerência entre o discurso e a prática. Como afirmou o General Norman Schwarzkopf, “a liderança é uma combinação de estratégia e carácter; se tiveres de prescindir de uma, prescinde da estratégia”. Esta afirmação sublinha a importância da integridade como base da liderança. A terceira dimensão é a empatia, associada à escuta ativa, que permitem ao líder reconhecer a dignidade do outro, valorizar a diversidade e criar espaços de diálogo genuíno. A quarta é a capacidade de desenvolver pessoas, promovendo ambientes de aprendizagem, autonomia e criatividade. Por fim, a quinta dimensão é o compromisso com a transformação social, que posiciona o líder como agente de mudança não apenas dentro da organização, mas também no ecossistema em que esta se insere.

Podemos, porém, dar ainda um passo mais adiante. Para além destas dimensões, a liderança transformadora deve ser também sistémica. Pensar sistemicamente é compreender que nenhuma decisão é neutra e que cada ação tem repercussões em múltiplas dimensões — económicas, sociais, ambientais e humanas. É integrar o pensamento estratégico com a consciência ética, e a eficácia com a sustentabilidade.
Num mundo cada vez mais orientado por dados e algoritmos, torna-se essencial recentrar a liderança na Pessoa, não como recurso, mas como sujeito de dignidade, liberdade e potencial. Focar na Pessoa implica reconhecer a sua singularidade, promover ambientes de trabalho saudáveis, valorizar o sentido e o propósito como motores da motivação, e cultivar relações de confiança baseadas na transparência e na justiça. Este enfoque humanista não é apenas uma exigência ética; é também uma estratégia de sustentabilidade organizacional. As organizações que colocam a Pessoa no centro são mais resilientes, mais inovadoras e mais capazes de gerar impacto positivo e duradouro.

Contudo, liderar neste novo paradigma implica enfrentar desafios exigentes. O líder contemporâneo deve ser capaz de lidar com a ambiguidade, integrar a diversidade como fonte de riqueza, promover a sustentabilidade em todas as suas dimensões, facilitar diálogos construtivos num tempo marcado pela polarização, e construir pontes entre mundos distintos — entre gerações, culturas, sectores e áreas do saber.

Estes desafios não se resolvem com fórmulas matemáticas ou competências técnicas isoladas. Exigem uma nova postura: a do líder como facilitador de processos, cuidador das relações e tecelão de futuro. Liderar é, hoje, costurar — unir fios de esperança, saber e vontade num tecido coletivo que aponta para um futuro que queremos seja mais justo, mais belo e mais verdadeiro. Costurar visões coletivas exige tempo, paciência e arte. Exige saber escutar, integrar, mediar e inspirar. E exige, acima de tudo, colocar-se ao serviço de algo maior do que o próprio interesse ou ego. É nesta entrega que reside a verdadeira força da liderança transformadora.

A liderança transformadora e sistémica, centrada na Pessoa, é uma resposta ética e eficaz aos desafios do nosso tempo. Não se trata de um modelo idealizado, mas de uma prática concreta, exigente e profundamente humana. Liderar para transformar é escolher, todos os dias, ser ponte, ser presença, ser propósito. É reconhecer que o futuro não se encontra — constrói-se. E que essa construção começa em cada relação, em cada decisão, em cada gesto de cuidado.

A União da Poupança e dos Investimentos e as Ferramentas para a sua Implementação

Afonso Barbosa
Professor de Contabilidade Financeira, Contabilidade de Custos, Sistemas de Planeamento e Controlo de Gestão da AESE Business School

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Professor da Área de Operações e Diretor do Programa de Direção de Empresas da AESE Business School

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Professor de Política de Empresa da AESE Business School 

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