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AESE insight #132 > Thinking ahead

Artigos e Recomendações de leitura

Luís Cabral

Professor da Universidade de Nova Iorque e colaborador da AESE Business School e da Nova SBE

Inovação na Europa: a falta do mercado único

O mercado europeu, como um todo, tem dimensão comparável ao americano. No entanto, o mercado europeu não é de facto um mercado único, o que cria enormes problemas às startups europeias

O relatório Draghi mostra que a Europa ficou para trás dos Estados Unidos da América (EUA) na corrida da inovação. Saber porquê não é fácil, pois há vários candidatos. No meu artigo de junho passado referi-me à buro- cracia, fragmentação do mercado europeu, falta de capital, fator cultural, falta de ambição. (Um eventoque organizarei na Nova SBE na manhã de 19 de dezembro – aberto ao público-debruçar-se-á sobre toda esta problemática.)

Hoje escrevo concretamente sobre o fator dimensão de mercado. O mercado europeu, como um todo, tem dimensão comparável ao mercado americano. No entanto, o mercado europeu não é de facto um mercado único. Isto cria enormes problemas às startups europeias que querem dar o salto de uma pe quena empresa com um protótipo para uma empresa com volume de negócio significativo.

Acompanhando de perto o Endless Frontier Labs, um programa americano para startups, deparo-me com uma série de casos que ilustram este ponto. Um primeiro exemplo é a Wright Electric. Trata-se de uma startup enfocada em motores, geradores e baterias ultraleves. A principal aplicação que os fundadores tinham em mente ao desenvolver esta tecnologia era o avião elétrico.
Concretamente, eles já desenvolveram uma versão híbrida do BAe 146.

Um olheiro das Forças Armadas americanas mostrou particular interesse nos geradores ultraleves (mais do que no avião híbrido, que tem um raio de autonomia pequeno). Porquê? Suponhamos, por exemplo, que o exército americano inicia uma operação no Afeganistão. Não basta levar equipamento e ligá-lo à ficha, pelo simples facto de que não há ficha! Por conseguinte, é necessário encher vários aviões de geradores elétricos para produção local.

Para a Wright Electric, conseguir uma entrevista com a central de compras das Forças Armadas é uma “lança em África”, por assim dizer: é a oportunidade de dar o salto de um protótipo para a produção em massa. E “massa” muito grande, considerando a dimensão das Forças Armadas americanas.

Pensemos no caso hipotético em que Wright Electric é uma start-up europeia. O maior orçamento militar na Europa é o alemão, mas, mesmo que eles mostrassem um interesse semelhante aos americanos, tratar-se-ia de valores de uma ordem de grandeza inferior aos EUA. Uma alternativa seria a Wright Electric conseguir contratos com todos os países europeus, mas os custos de tal operação seriam elevadíssimos e a probabilidade de sucesso baixa. Por outras palavras, seria muito mais difícil para a Wright Electric dar o tal “salto”.

Consideremos agora outro exemplo do Endless Frontier Labs, a Propitious Technologies. A ideia desta startup é substituir os amortecedores de um camião por dínamos geradores de energia elétrica (aproveitando a energia cinética do camião, que vai saltando para cima e para baixo ao encontrar irregularidades no pavimento). A ideia é simples mas os benefícios enormes, desde logo a maior eficiência energética dos camiões.

Neste caso, o comprador-chave é uma empresa com uma vasta frota de camiões grandes. Ora, segun- do as minhas contas, no top 10 do mundo encontramos múltiplas empresas americanas mas apenas uma europeia: a DHL. Mais uma vez, dar o salto de startup para grande em- presa é mais fácil nos EUA.

Que fazer? O relatório Letta, que é assim mais ou menos o companheiro do relatório Draghi, preconiza que o mercado único deveria ser de facto o mercado único que não é. Senão o conseguimos após várias décadas desde Maastricht, duvido que o consigamos no futuro próximo. No entanto, uma solução intermédia que já nos levaria bastante longe seria a criação de uma central europeia de compras militares. Se todos os orçamentos militares europeus sejuntassem, teríamos algo como um terço do orçamento americano. Ainda é menos, mas pelo menos estaríamos na mesma ordem de grandeza.

Note-se que não estou falando de um exército europeu. Duvido que haja vontade política para tal, mesmo com o Reino Unido fora da União. Mas uma central de compras não é uma ideia totalmente descabi- da ou impossível.
Calculo que os leitores mais ligados a assuntos de Defesa Nacional levantem inúmeros problemas com a ideia, mas vale a pena pelo menos pensar.


Publicado no Expresso

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