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NextGen: Como aceder aos Fundos Europeus: 2 casos de sucesso

26/05/2022

O dia de encerramento do Next Gen Program trouxe aos participantes 2 casos de sucesso de negócios portugueses que recorreram com sucesso ao apoio dos Fundos Comunitários.

Segundo o Diretor do 1.º NextGen Program, o Prof. Diogo Ribeiro Santos, “ao longo de 8 semanas juntámos especialistas em fundos europeus da Agência para o Desenvolvimento e Coesão, IP – AD&C, do IAPMEI, I.P. – Agência para a Competitividade e Inovação, da Recuperar Portugal, do Banco Português de Fomento de Fomento, do Millennium bcp, da CGD, do Grupo Santander, da Portugal Ventures, o ex-Ministro do Planeamento Nelson de Souza, o ex-Secretário de Estado do Planeamento, Ricardo Pinheiro, e empresas beneficiárias dos fundos: Unlockit, Hope Care, SA, EntoGreen (Ingredient Odyssey SA) e ROM Boats. Começámos a construir conhecimento que vamos aplicar na 2.ª edição, a anunciar em breve”.

Jorge Martins apresentou o processo de criação da empresa Entogreen e da candidatura ao financiamento europeu, assim como Daniel Murta, com o exemplo da Neptune. Das 2 intervenções destacam-se a resiliência própria dos empreendedores, confiantes do seu projeto e a burocracia que tiveram de ultrapassar.


EntoGreen: o futuro começa agora
Olhando para os insetos como um recurso alternativo à alimentação de uma população crescente e do contributo que podem dar na conversão de desperdício em matéria consumível, Jorge Martins falou com entusiasmo nesta nova tendência que se tem vulgarizado a nível global.

Apesar de culturalmente existirem algumas resistências a ocidente, a ingestão de insetos surge como uma alternativa à produção de proteína animal, por vezes com implicações danosas para a saúde humana. “Temos de produzir mais com o mesmo”, defende Jorge Martins, “inclusive com o aproveitamento de 30 % do desperdício de outras indústrias, para fontes nutricionais”. Alinhados com as melhores práticas globais, “fechamos o ciclo dos nutrientes com 100 % de economia circular, de uma forma sustentável”.

A EntoGreen foi crescendo, também devido ao contacto com entidades como a Iniav, entidades oficiais, empresas. O 1.º recurso ao Portugal 2020 teve como principal foco a desmonstração da tecnologia, a 2.ª candidatura submetida teve por fito a construção da 1.ª fábrica. Hoje vivem o constrangimento do Covid-19 e da guerra na Ucrânia. Optou-se “por um investimento faseado e a evolução desenvolvida em função da disponibilidade financeira.” O fundador da EntoGreen decidiu redimensionar o plano inicial para um “projeto real”, estando prevista a inauguração da fábrica em 2022 e construção da 2.ª, em 2023.



Neptune: a aposta na sofisticação em alto mar
Depois de uma carreira numa consultora, Daniel Murta investiu na parametrização de um barco de excelente qualidade. “A indústria náutica é muito pouco sofisticada.” Por essa razão, fundou em 2018, que pretedia responder a essa lacuna no mercado. O empresário contou as várias fases pelas quais passou para erigir a empresa e as etapas do processo de candidatura aos fundos europeus, que, quanto a si, pecou pela burocracia com que esbarraram.


O orador assegurou que o plano e o modelo de negócio da Neptune é “equilibrado, capaz de se autossustentar”. “Os barcos são feitos com o dinheiro dos clientes, todavia perante os investidores a construção de barcos é percecionada como sendo um negócio de risco.” A Neptune tem alcançado prémios e reconhecimentos, nomeadamente em feiras e meios de comunicação internacionais.

A equipa foi constituída “devolvendo a dignidade às pessoas” recrutadas. Que se encontravam em situação de desemprego. Assim, Daniel Murta conquistou “o mesmo grau de motivação” que mantém diariamente. “Em comum todos manifestam vontade de aprender e de trabalhar.” O fundador da Neptune demonstrou alguns desafios que tem encontrado no recurso aos fundos europeus, nomeadamente no apoio à contratação dos profissionais.

Atualmente, perspetiva para a empresa uma estratégia de crescimento, incluindo a hipótese de charter e refit de embarcações a gosto, “já que controlamos toda a cadeia de valor”.



“Mais do que resiliência, precisamos de reforma, ambição e vontade”
A sessão de encerramento do programa ficou a cargo do Prof. José Ramalho Fontes Presidente da AESE. “Estivemos a desempenhar uma enorme responsabilidade pública que o Nelson Souza referiu a propósito da gestão e utilização dos fundos do PRR, P20|30, etc. Por isso, é com gosto que agradeço a vossa presença no final deste nosso novo Programa, o 1.º Next Generation, NGP. Formalmente propusemos que o programa fosse uma plataforma de partilha de conhecimentos, de catalisação de boas práticas e de impulso a candidaturas fortes e creio que isso foi conseguido.”

“O momentum que vos oferecemos neste 1.º NGP terá tido várias dimensões, diferentes para cada um, mas com uma linha de fundo comum e substancial: a relação de uns com os outros, com os mesmos objetivos, mas sem concorrerem, abertos a partilhar experiências e conhecimentos. O essencial é aumentar a competitividade de cada uma das empresas, a eficácia de cada uma das organizações – cumprir as promessas aos clientes – com uma melhoria na eficiência dos recursos aplicados.”

“O sucesso destes projetos de transformação empresarial apoia-se na fase de preparação, que é fundamental, e, depois, nas suas primeiras fases, o que se potencia inserindo-os no dia-a-dia, no ‘business as usual’ das reuniões de coordenação e controlo, porque foram identificados fatos de negócio e oportunidades de melhoria concretas. Certamente, os seus conteúdos e as metas a atingir nestas candidaturas, que vão desenvolver, vão ser executadas envolvendo os diretores e colaboradores de todos os níveis afetados pela candidatura. Para tratar das atividades mais complexas e de maior valor há de ser necessário envolver alguma equipa de alto desempenho. Mais do que resiliência, precisamos de reforma, ambição e vontade”, concluiu.



O dia terminou com a entrega dos diplomas em ambiente festivo, aos dirigentes e executivos que participaram na formação da AESE.

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